sábado, 1 de dezembro de 2007

O estilista Walter Plunkett




1902-1982

Nascido em Oakland, Califórnia, cursou Direito na Universidade da Califórnia, porém se interessou mais pelas peças teatrais montadas no campus. Mudou-se para Nova York em 1923, quando começou carreira como ator de teatro. Lá dentro ele começou a desenvolver seu talento para criar cenários e figurinos. Depois de algum tempo em Greenwich Village, ele voltou para Califórnia, desta vez para Hollywood e arranjou um emprego como figurante. Sua vida de ator foi curta, então resolveu se dedicar à criação de roupas. Mas ele pode ser visto em uma cena do clássico de Erich Von Stroheim A VIÚVA ALEGRE(1925), dançando com a futura famosa estilista Irene.
O primeiro crédito de Walter Plunkett no cinema como estilista foi em 1927, nos estúdios da RKO. Ele criou guarda-roupas de filmes como VIGIL IN THE NIGHT, com Carole Lombard. Nessa época, Plunkett começou a construir seu departamento de criação em roupas, rivalizando com Adrian e Travis Banton.
Seus trabalhos mais reverenciados estão em ...E O VENTO LEVOU e CANTANDO NA CHUVA. Dividiu o Oscar com Irene e Orry-Kelly por SINFONIA DE PARIS, em 1951.
Plunkett se aposentou em 1966 após inúmeros trabalhos no cinema, na Broadway e no Metropolitan Opera House.

Fonte: www.scarlettonline.com

Artistas que "deram um belo pé" no Louis B. Mayer...


Luise Rainer!
A atriz vienense vencedora do Oscar duas vezes consecutivas nos anos 30. Melhor atriz Por THE GREAT ZIEGFELD(1936), onde interpreta a cantora Anna Held, e THE GOOD EARTH(1937) não se deixou usar pela mente manipuladora de L.B.Mayer e saiu da Metro de cabeça erguida depois da seguinte discussão:

L.B.Mayer: Se eu te fiz atriz, posso muito bem te destruir!
Luise Rainer: Sr.Mayer, eu tenho 25 anos e o senhor tem 60. Quando eu tiver 40, a idade que a maior parte dessas atrizes de sucesso têm hoje, o senhor já terá morrido...

É gente, não foi só Garbo que deu uma bela resposta àquele cara que achava que artistas eram prédios para construir e depois demolir com facilidade...
...aliás, acho que Garbo nem discutia. Simplesmennete dava as costas e ia embora!

VILMA BANKY


Lembrei de outra estrela esquecida: Vilma Banky. Apareceu em produções francesas, húngaras e austríacas entre os anos de 1920 a 1925, quando foi descoberta por Samuel Goldwyn, em Budapeste, e assinou contrato. Apelidada em Hollywood como "Rapsódia húngara", foi a atriz de maior bilheteria de Goldwyn em meados e fins dos anos 20, principalmente com Ronald Colman. Seus trabalhos mais conhecidos são ao lado de Rodolfo valentino como a filha de um russo aristocrata, em A ÁGUIA(1925) e uma dançarina árabe em O FILHO DO SHEIK(1926). Seu primeiro filme falado foi THIS IS HEAVEN(1929).
Nascida na Hungria em 1898, não conseguiu sobreviver à mudança do cinema mudo para o falado pois seu sotaque a tornava praticamente ininteligível. Seu último filme foi feito ainda em 1933 - THE REBEL.
Atuou ao lado de Gary Cooper e de seu constante parceiro Ronald Colman em THE WINNING OF BARBARA WORTH(1926), um drama-western dirigido por Henry King. Uma das coisas que marcam o filme é a bela fotografia.

Fonte: www.imdb.com

domingo, 25 de novembro de 2007

Dorothy Sebastian

Stella Dorothy Sabiston nasceu em 26 de abril de 1903, em Birmingham Alabama. Segundo ela mesma disse em uma entrevista, já em Hollywood, nunca pretendeu ser atriz, não foi descoberta por Griffith, não fugiu de casa ainda criança e portanto, sua história não era um sonho antigo realizado. Ela simplesmente "apareceu" em 1924 e começou sua carreira...É claro que isso pode ter sido um pouquinho aumentado por Dot(como era chamada), afinal, ninguém simplesmente "aparece" do nada. Principalmente em Hollywood. Descobri Dorothy em dois dos filmes de Garbo que assisti recentemente: A WOMAN OF AFFAIRS e THE SINGLE STANDARD.
Ela faleceu em 1957, de câncer mas sua carreira já havia encerrado nos anos 40.

Fonte: www.dorothysebastian.com

THE SINGLE STANDARD(1929)


O som já havia chegado no cinema em 1929, mas Garbo continuava silenciosa. Assim permaneceu quando o drama de John S. Robertson THE SINGLE STANDARD, no Brasil intitulado A MULHER SINGULAR, chegou às telas, em julho. O filme começou a ser produzido no início de abril e desta vez Garbo não pôde contar com a ajuda de um de seus melhores amigos na época, William Daniels, que estava trabalhando na fase sonora de Norma Shearer. Então a fotografia ficou a cargo de Oliver Marsh. O mestre de cenários da MGM de então era Cedric Gibbons, o criador da mansão super moderna onde tem início THE SINGLE STANDARD. Desta vez Garbo era Arden Stuart, a mulher que leva seu choffer para dar um passeio de carro à noite. Ela foge da festa chatíssima que acontece naquela casa e de repente o espectador se encontra diante de uma Garbo apaixonada por seu motorista. Os dois estão em um lugar deserto, deitados, e se beijam. Fico imaginando como as pessoas se comportaram em 1929 quando viram a ousadia: uma jovem mulher cujo lema era “viver como os homens vivem. Com mais liberdade”. Como os filmes de Greta eram marcados pelo forte drama, nunca era dado a ela a oportunidade de ter um amor saudável, então o choffer literalmente morre de amor por ela ao se jogar com o carro na água. Mas esta história me deu um certo alívio. Confesso que fiquei muito feliz quando, depois de tentar o amor de um pintor aventureiro, Arden consegue se casar e então forma uma família. Quando o pintor volta de sua viagem de barco ela teme não resistir aos seus encantos, porém o amor pelo filhinho pequeno fala mais alto e ela o dispensa. Típico final feliz de sociedade hipócrita: a mulher com sua família e nada mais. Embora eu não seja moralista ao extremo, adorei a nossa heroína dos anos 20 abraçada com seu filhinho bonitinho, saudável e junto do marido. Enfim, Garbo conseguia fechar a década com uma verdadeira mulher singular: sem tanto drama, sem mortes no final e nem sacrifícios desnecessários. Um final simples. That’s all!


Fonte: VIEIRA, Mark A. Greta Garbo - A Cinematic Legacy, Harry N. Abrams, incorporated, New York, 2005.