segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Série "rostos": Gene Tierney

Precisa dizer alguma coisa?!

King's Row - 1942

Parris volta de Viena com os conhecimentos de Freud e começa a enxergar as deficiências da cidade, principalmente a causa dos estranhos comportamentos de alguns personagens. Sua ex-noiva Louise e a mãe da falecida Casssandra, por exemplo.
Tudo nos leva a crer que, para conhecer a verdadeira King's Row é preciso se afastar dela. Uma pessoa nunca é a mesma ao retornar de uma viagem, e em se tratando do vilarejo parado no tempo, não resta dúvidas de que Parris fez bem em estudar Psiquiatria em Viena.
Uma das cenas mais comentadas por críticos e espectadores é quando o personagem de Ronald Reagan acorda e não sente mais seu corpo da cintura para baixo. Desesperado, ele pergunta à Randy: "Cadê o resto de mim???"
O doutor maléfico havia amputado as pernas de Drake desnecessariamente, em mais uma de suas carnificinas. Drake havia sofrido um acidente na linha de trem, onde trabalhava com materiais pesados.
Loucura, preconceitos, charlatanismo, esquizofrenia: tudo isso e muito mais envolvem King's Row, a "pacata cidade, onde pode-se criar os filhos tranquilamente".

sábado, 19 de abril de 2008

KING'S ROW - 1942

KING'S ROW
DIRETOR: SAM WOOD
NOVELA: HENRY BELLAMANN
ROTEIRO: CASEY ROBINSON
DATA DE ESTRÉIA: 18 DE ABRIL DE 1942
FOTOGRAFIA (PRODUÇÃO): WILLIAM CAMERON MENZIES
FIGURINO (VESTIDOS): ORRY-KELLY
MAQUIAGEM: PERC WESTMORE

Na entrada da pequena cidade de King's Row, uma placa de boas-vindas tranquiliza os futuros moradores: "King's Row - o lugar ideal para criar seus filhos". Bizarros acontecimentos trazem à tona a realidade de lá, à medida em que quatro amigos de infância vão crescendo. Parris Mitchell( Scott Beckett ) costuma fazer suas caminhadas da escola até em casa, com sua colega Cassandra( Mary Thomas ), e desenvolve por ela um afeto especial. Mas como sinais de perturbação, a menina passa a ter crises de choro, e não consegue esconder dele. Mesmo assim, teme os riscos que corre, caso conte seus misteriosos problemas ao amigo. A sequência de aniversário da pequena Cassandra, em meio a um banquete de bolos e sorvetes que nada a agradam, devido à sua infelicidade, traz ao espectador um dos momentos mais delicados do filme. As outras crianças são os travessos Drake( Douglas Croft ) e Randy( Ann Todd), sempre entretidos em suas aventuras pelos campos verdes e arborizados de King's Row. As crianças se tornam adultas, e as hipocrisias e atitudes insólitas dos habitantes da cidade crescem diante de seus olhos. O agora Doutor Parris Mitchell( Robert Cummings ) é praticamente escomungado do vilarejo e da família de sua noiva Louise( Nancy Coleman, em um dos melhores desempenhos do filme). Tudo por que ele prossegue sua vida ao lado de sua antiga amiga Randy( Ann Sheridan, em perfeita atuação ). O preconceito toma conta do pai de Louise, o Doutor Henry Gordon(Charles Coburn), pelo fato de Randy ser de família pobre e de ter fama de andarilha e moleca. Neste periodo, Parris, que já havia tido aulas de direito com o pai de Cassandra( Betty Field, brilhante em seu papel), descobre que a moça era mantida em cativeiro dentro de casa, pelo pai, a mesma história ocorrida com sua mãe, Mrs.Tower(Eden Gray, com uma única cena no filme). A menina se desespera tanto, que corre à casa de Parris, pedindo socorro. Pouco tempo depois, Drake( Ronald Reagan, em outra atuação perfeita) diz à Parris que Cassandra havia morrido, em circunstâncias misteriosas. Continua...

quinta-feira, 20 de março de 2008

RAINTREE COUNTY - 1957








Dirigido por Edward Dmytryk, o drama de guerra estrelado por Elizabeth Taylor, Montgomery Clift e Eva Marie saint, foi duramente criticado desde o seu lançamento. Até hoje é possível ler comentários de pessoas que simplesmente detestaram o filme. A maior parte das reclamações gira em torno do longo tempo de duração e da falta de energia e dinamismo do filme. Discordei totalmente dessas observações, quando tive a oportunidade de assistí-lo, esta semana. Os pontos altos da produção, criada a partir da novela de Ross Lockridge Jr, sem dúvidas, são: a atuação de Elizabeth Taylor como a quase insana Susanna Drake. Ela consegue passar para o público, a imagem do deficiente mental diferente de muitas já apresentadas nas telas(geralmente quebrando a casa toda e berrando todo o tempo). A Susanna de Liz é confusa e perturbada, sim, mas consegue ser realista, ao mesmo tempo. Misturando frases como a da cena em que seu bebê com Johnny(Clift) nasce - "Mas existe um outro menino. Cadê o outro, Johnny???", e outras como "Você é bom demais pra mim, John", trouxeram à personagem, e por consequência, ao espectador, a idéia de que Susanna não era de todo louca. Enquanto tentava viver uma vida normal ao lado do marido, surgiam os fantasmas do passado e a atormentavam. Nós, sentados no sofá, sabíamos que ela se sentia frustrada quando mudava de comportamento. Ela tinha total consciência de seu distúrbio, por isso deixa transparecer sempre para John que estava atrapalhando a vida dele. Logo depois, percebia que não podia viver sem ele e pergunta: "Você nunca vai me deixar, não é?", ou faz afirmações e pedidos de ajuda para tentar mudar de comportamento e seguir sua história adiante. Presa à infância, mantém as bonecas no quarto de casal. Vez ou outra vemos carregar um de seus bonecos para lá e para cá, um deles parcialmente queimado pelo incêndio que destruiu sua casa e vitimou sua família, numa história envolta de mistérios que sua própria perturbação impede de interrá-los. No início da história, John está envolvido com Nell(Eva Marie). Mas ele conhece Susanna e se apaixona, encerrando o outro romance. Outro ponto forte em Raintree County são as cenas de batalhas dos soldados, durante a Guerra Civil Americana. A belíssima atuação de Lee Marvin, como Orville Perkins, está presente na cena em que ele é ferido e morto por um inimigo. E outros momentos lindos, como o reencontro de John com seu filho Jim, por quem havia por tanto tempo procurado. Perdido pela ausência de seu filho e esposa, John entra para a guerra. Susanna havia fugido de casa sem deixar pistas. Fraca é a cena em que o personagem de Clift a reencontra, vivendo em um hospício, depois de já ter encontrado o filho: frios os dois, estáticos, com um diálogo ralo, do tipo: "Eu te amo. Volta pra casa", e ela responde "Tudo bem". Claro que não foi assim, mas a idéia do reencontro é essa. O final, que muitos não gostaram, envolve a morte de Susanna. Havia se suicidado? Assassinada? Mal súbito? As pessoas ficaram perdidas(confesso que também fiquei). Mas parando para refletir, mais tarde, cheguei à seguinte conclusão: Susanna parte com o filho em busca da "árvore da vida". Ao encontrá-la, deixa o menino deitado debaixo dela, para que John pudesse ver o presente que ela havia deixado para ele, depois de tanto trabalho que tinha causado. Tenho para mim que ela resolveu sair da vida dele, para que ele pudesse ter a felicidade que merecia. A despeito de tudo o que já foi dito de ruim sobre Raintree County, me encantou do início ao fim, sem a monotonia de que tanto reclamaram. Belíssimo filme, com trilha sonora impecável de Johnny Green.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Norma Shearer


NORMA SHEARER(1902-1983), um dos maiores sucessos da Metro nos anos 30 era totalmente dedicada a seu marido, chefe de Produção do estúdio, o brilhante Irving Thalberg. Outra coisa que tinha sempre em mente era sua carreira.
Quando Thalberg morreu, vítima de um segundo ataque cardíaco, Norma se isolou na casa de praia do casal durante meses, se recusando a ver quem quer que fosse. Irving havia moldado sua carreira, era seu amigo e Norma correspondia a tudo isso, estando sempre a seu lado.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

O último filme de Vivien


Ship of Fools, 1965. Dirigido e produzido por Stanley Kramer. Escrito por Abby Mann; Cenários criados por Joseph Kish; Figurinos desenhados por Bill Thomas.


8 vezes indicados ao Oscar, incluindo melhor filme.


Academy Award: Melhor fotografia em preto e branco.

Jean - Curiosidades

Nome: Harlean Carpenter Apelido: Baby Jean, também chamada de bebê pela família e amigos, Jean nada tinha a ver com a imagem de loira fatal que interpretava nos filmes. Atrás das câmeras ela era mesmo como uma criança em pequenos atos: modo de falar, de tratar as pessoas, sempre muito meiga.


Também conhecida como: A original loira platinada de Hollywood;



Nascida em 3 de março de 1911, na cidade do kansas, Missouri;



Morte: 7 de julho de 1937, em Los Angeles, Califórnia;
Foi enterrada em Great Mausoleum em Forest law, em Glendale, Califórnia. O ator William Powell comprou 3 criptas quando jean faleceu: 1 para ele, outra para ela e a 3ª para a mãe dele. Mas o ator não foi enterrado lá e 1 cripta permanece vazia até hoje.


Peso: 52 quilos



Cabelos loiros


Olhos verdes


Hobbies: Golf, Tênis, leitura e montaria.


Animais de estimação (durante os anos 30): Oscar; Good cat and Bad cat; um peixe dourado dado por um fã; Tiger - um Husky Siberiano; His Royal Highness - um gato persa e 6 patos.



Frases famosas: "Você se importaria se eu me vestisse com algo mais con
fortável?"(cena de Anjos do Inferno).


Cena de
Jantar às Oito: Jean: Sabe, eu li em um livro que futuramente os homens serão substituídos por máquinas. Marie Dressler: Oh, meu bem, com isso você não tem que se preocupar!

Pioneira


Jean Harlow foi a primeira atriz capa da lendária revista Life, em 1937.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Jean Harlow e a cena final de "Reckless", 1935


Reckless, um musical produzido por David Selznick e dirigido por Victor Flemming( a dupla de ...E O Vento Levou) foi uma surpresa para mim, ao ver Jean Harlow como a boa moça. Lançado em 1935 pela MGM, traz um Mickey Rooney ainda criança, em uma única cena.
Mas voltando à Harlow, que surgiu como a vamp que sacaneava tanto os caras que deixava, a ponto de quererem estrangulá-la, estrela esta produção em que não dança, mas flutua, saltita para lá e para cá, especialmente na cena em que participa de uma festa na casa do marido, um playboy milionário Bob Harrison, vivido por Franchot Tone.
A personagem de Harlow se chama Mona Leslie, uma dançarina da Broadway delicada e querida por todos, principalmente pelos seus dois admiradores - Ned(William Powell) e Bob(F.Tone). O personagem de Powell é o agente de Mona, e a corteja. Até o playboy Bob entrar em cena. Mona se apaixona por ele e os dois se casam. Daí em diante o filme passa de musical a drama. Harlow é humilhada pelo pai de Bob, que não aceita a união do filho com uma dançarina da Broadway e ao invés disso preferia que ele se casasse com Jo(Rosalind Russel).
O casal vai viver na mansão da família de Bob e as coisas se complicam até ele se embebedar na festa de casamento de Jo e maltratar Mona, já na presença de Ned. Completamente Bêbado, infeliz com o casamento de sua antiga namorada, Bob se mata com um tiro em seu quarto. Incriminada pela imprensa como autora do crime, Mona recusa o dinheiro oferecido pelo pai de Bob. Outra cena ótima de Jean. A ex-atriz, agora com um filho, decide criar o menino longe da família do ex-marido e começa uma luta para voltar com sua carreira. Desprezada pelos produtores ela decide aceitar a ajuda de ned, ainda apaixonado, e assim ele monta um show para ela.
A cena final é o ponto forte do filme. Harlow sozinha no palco canta para uma audiência que começa a vaiá-la e jogar coisas sobre ela. A atuação de Jean é tão cheia de emoção quando sua personagem, chorando tenta em vão terminar seu número. É angustiante vê-la tentar cantar debaixo de vaias e palmas maldosas. Ela então pára quando uma mulher levanta da cadeira e a chama de assassina. "Como vocês ousam? Eu não o matei e não aceitei um centavo, se é isso que vocês querem saber. Eu o amei. Tentei dar a ele uma vida feliz mas não consegui. Sua infelicidade era muito grande. Agora, se esta for a última música que cantarei para vocês, me deixem ao menos terminar". Reckless pode não ser grande como musical, mas como drama é estupendo e mostra ao público uma Jean Harlow diferente de Hell's Angels ou Mares da China. Então Mona, ferida pela reação do público, tem seus olhos cheios de lágrimas. Ela termina a canção e é ovacionada pela platéia. Ao retornar canta Reckless encostada na lateral do palco. Um William Powell escondido atrás da enorme pilastra, se declara a ela entre suas falas e ela segura sua mão. O discurso da atriz para a platéia, os olhos marejados, sua figura sozinha no palco imenso seria capaz de emocionar até os anti-Harlow. Magnífico! Prova de que as Bombshells podem surpreender mais do que o esperado.

GENE TIERNEY

Clique nas imagens para vê-las em tamanho maior!












Lana Turner: FINAL

Lana apostou suas fichas e financiou o filme. Ela decidiu receber um salário menor. As habilidades desenvolvidas em anos de carreira cinematográfica somados aos problemas pessoais que havia passado naquele período fizeram de Imitação da Vida uma de suas melhores interpretações. As salas de cinema testemunharam até a emoção de homens, às lágrimas com a última cena. Um novo desafio veio para Lana ao completar 50 anos - o Teatro. Embora ansiosa e preocupada, não deixou passar a oportunidade de interpretar Ann Stanley, uma glamurosa viúva de 40 anos, na peça Forty Carats. Como de costume, o show e lana foram um sucesso. Forty Carats foi apresentada em várias cidades norte-americanas, incluindo Baltimore, Filadélfia e Chicago. "Ironicamente", ela disse, " oTeatro, uma coisa com a qual eu havia sonhado no início da carreira, havia se tornado naquele momento o novo ramo de minha vida artística". Em 25 de outubro de 1981, The National Film Society concedeu à atriz o prêmio Artistry no Cinema Award. Ainda ocupada com a volta de seu personagem na série de tv Falcon's Crest ela se viu rodeada de quase todas as facetas artísticas. A vida ativa da estrela, agora ícone do cinema, continuou até 1995. Em 29 de junho Lana Turner faleceu de câncer na garganta, com Cheryl ao seu lado. Seus restos mortais foram cremados e entregues à sua filha.

Créditos: Lana Turner Official Website

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Cartaz de "Johnny Eager", 1942

Lana Turner: continuação...

"É um teatro fenomenal, um dos melhores momentos do drama, em linguagem cinematográfica, e uma visível interação entre atriz, diretor e câmera, que conseguiram criar um maravilhoso e mágico mundo de poesia dramática nas telas. Infelizmente, foi ainda nessa época que Lana começou a receber telefonemas e flores de um homem chamado John Steele.
Quando ela descobriu enfim que ele era o perigoso Johnny Stompanato, já tinham completado dois meses de namoro. A atriz tentou terminar o relacionamento e recomeçar uma vida normal, mas Johnny começou com ameaças perigosas. Em uma delas ele dizia que ela jamais poderia deixá-lo e continuar vivendo. Durante uma discussão violenta, a filha Cheryl sentiu que Johnny iria matar sua mãe, então pegou uma faca de cozinha e o matou. A justiça considerou o fato de Cheryl ter matado por defesa de Lana. Assim, ela não foi presa.
Apesar de sua indicação ao Oscar de melhor atriz por Peyton Place, Lana achava que o escândalo levaria sua carreira para a ruína. Mas ela recuou com o pensamento, soube lidar com os repórteres na época e acabou aceitando o papel de Lora Meredith em Imitation of Life.
Continua...











Créditos: Lana Turner Official Website

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Lana Turner: continuação...



Quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, Lana iniciou um circuito de viagens de trem em benefício dos soldados norte-americanos. Ela mesma escrevia seus discursos e prometia um beijo a cada soldado que conseguisse pelo menos 50.000 dólares de bônus, ou mais. "E eu mantive aquela promessa até o fim", ela disse. "Me disseram que o orçamento passou de milhões de dólares". Em 1945, negociações com a MGM deram à atriz 4.000 dólares por semana como salário. Junto veio a surpresa de que o papel principal de The Postman Always Rings Twice era dela. Ela estava estática: "finalmente o papel com que eu tanto sonhava agora era meu". Com o papel obtido o autor da obra adorou o fato de ter Lana como Cora. E lhe coube perfeitamente. Até hoje as cenas da mulher adúltera, a femme fatale, são consideradas dentre as mais sensuais de todos os tempos. Em 1948 Turner iniciou as filmagens de The Three Musketeers. Ela era Lady De Winter e contracenava com Vincent Price - Richelieu, na história. "Eu comecei a observá-lo e todo o processo foi um grande desafio. Eu acabei descobrindo coisas em mim que jamais imaginei capaz de fazer", disse Lana mais tarde. "Detalhes simples como outro modo de balançar a cabeça, de mexer com as luvas". Agora era permitido a ela improvisar e criar situações que não estavam no script. A liberdade artística e os figurinos extravagantes fizeram com que esta fosse uma de suas performances favoritas. "Lana estava coberta de jóias e figurinos belíssimos", apontou uma crítica. "A primeira cena dela dentro de uma carruagem escura enriqueceu ainda mais sua performance dramática"....quando ela começa a caminhar lentamente em direção à luz do technicolor, o público reagiu de modo diferente e pareciam estar flutuando. Ela não era real. Uma deusa de verdade". A já celebrada carreira de Lana cresceu ainda mais quando ao lado de Kirk Douglas começou a filmar The Bad and The Beautiful. O filme concorreu a 5 Oscars, ganhando os de melhor roteiro e figurino. Continua...



Créditos: Lana Turner Official Website

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Lana Turner - Continuação...



Leroy achou que seu apelido "Judy" era muito planejado. Julian Jean já estava em uso, então os dois se reuniram para decidir qual seria seu nome artístico. "O que acha de Lana?", ele perguntou. Lana repetiu o nome várias vezes seguidas até o diretor falar "É isso! Você é Lana Turner!".
A princípio Lana foi escalada para o filme They Won't Forget em que era a estudante Mary Clain e apesar de ser um pequeno papel, Lana foi notada rapidamente. The Hollywood Reporter escreveu; "Não faria muita diferença o papel da estudante assassinada. Mas foi interpretada por Lana Turner, portanto, é mais do que uma pequena participação. Essa garota tem uma beleza misturada com vivacidade, personalidade e charme". Após o lançamento do filme, Lana já era chamada de "Sweater Girl", devido a uma sweater azul bem justa que havia usado.
Mesmo com a boa receptividade, Lana nunca achou que se tornaria de fato uma atriz. "Eu fiz meu primeiro filme desesperançosa, achando que aquilo não passava de uma coisa de momento", disse ela. " Se eu pudesse imaginar e saber o que viria em diante, todas as pessoas influentes que passariam pela minha vida, com certeza jamais teria pensado daquele jeito". Leroy escalou Lana para mais um filme - The Great Garrick, depois de terminadas as filmagens ele a apresentou a Samuel Goldwin e juntos fizeram The Adventures of Marco Polo. Durante as filmagens de Marco Polo, Goldwyn exigiu que as sobrancelhas de Lana fossem raspadas e que lhe aplicassem uma outra preta, falsa, presa com cola. Desde então, naquele ano de 1937 suas sobrancelhas nunca mais cresceram e ela teve que pintá-las com lápis pro resto da vida.
Quando Leroy deixou a Warner pela MGM ele levou Lana com ele. O salário da garota de 15 anos dobrou de cinquenta para cem dólares por semana. Lana estava deslumbrada. A primeira coisa que fez com o dinheiro foi comprar uma casa para ela e a mãe morarem. Daquele momento em diante o salário da atriz continuou a crescer. Após 1 ano na MGM ela já estava ganhando 250 dólares por semana, e quando atingiu os 20 anos de idade ela passou a receber 1.500 por semana. Ela adorava o clima leve da MGM e passou a fazer amizades com artistas novatos no estúdio. "Nós éramos jovens, tínhamos beleza, dinheiro e portas abertas para nós", ela relembrou mais tarde. Se alguém a reconhecesse na rua ela simplesmente ria e dizia "Oh, não, não. Eu só me pareço com ela".
CONTINUA...

Créditos: Lana Turner Official Website

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Lana Turner

Lana Turner odiava ser chamada de "Sweater Girl"(A Garota do Sweater, em Inglês).
Nasceu Julia Jean Mildred Turner, em Wallace, Idaho, no dia 8 de fevereiro de 1921. Seus pais eram John e Mildred Turner. O histórico de parto na família é complicado, e vem desde a avó materna de Lana. Acabou chegando até ela, que mais tarde concebeu sua filha Cheryl e só conseguiu mantê-la viva após transfusão de sangue. Mesmo assim não conseguiu ter mais filhos, como desejava.
Lana passava suas noites dançando e ouvindo música com os pais, durante a infância. Vários anos depois ela relembrou que sua paixão por música e dança nasceu daquelas noites. Seu pai, que era um excelente jogador de cartas, trabalhava em minas. O trabalho duro de lá ajudou-o a sustentar a família em tempos difíceis. Uma trajédia se abateu quando John foi assaltado e morto depois de ter ganho dinheiro em um dos jogos os quais participava. Lana ficou desolada e soube que seu pai queria comprar um brinquedo para sua irmã com o dinheiro que ganhou.
Lana adorava ir ao cinema. Toda semana ela economizava o dinheiro do lanche para a matineé de sábado, que custava 25 centavos. Sua admiração pelas roupas de Kay Francis e Norma Shearer refletiu em sua própria carreira, o que a tornou popular também por possuir um dos guarda-roupas mais luxuosos de Hollywood. Na verdade, Lana disse uma vez que se não tivesse se tornado atriz de cinema teria seguido a carreira de estilista de moda.
Em busca de uma vida melhor, ela e sua mãe mudaram-se para a Califórnia. Um dia depois da escola, a jovem de 15 anos saiu para tomar uma coca-cola. Ao contrário da lenda ela não estava na Shwab's Drugstore, mas no Top Hot Café, uma loja no cruzamento com a Hollywood High.
Quando W.R Wilkerson, publicista do Hollywood Reporter matava sua sede na loja, viu Lana. Ele se apresentou, deu a ela seu cartão e disse para ela ligar para o agente Zeppo Marx. Isso, junto com uma carta escrita por ele mesmo ajudou Lana a conhecer o diretor Mervyn LeRoy.
CONTINUA...

Créditos: Lana Turner Official Website

SEMELHANÇAS: SCARLETT JOHANSSON X LANA TURNER